O que são comportamentos depressivos
Demorei muito para escrever esse artigo, mas hoje tive mais que uma inspiração, tive uma pessoa que me mostrou o quanto esse assunto é importante, apesar do assunto passar por nós de uma maneira superficial demais em algumas situações. Os comportamentos depressivos ocorrem em qualquer idade e em alguns casos, parece uma ansiedade, parece uma vontade enorme de comer muito alguma coisa porque algo que você quer que seja resolvido se aproxima, mas pode ser também outro tipo de situação como: Dirigir em alta velocidade, ter uma vontade de beber até cair, continuar uma relação que te faz mal sem entender o real motivo que te prende a essa relação e uso de drogas.
O pior de tudo isso é que todos esses sinais são grandes sintomas de que você tem comportamentos depressivos e o que você faz com isso? Continua no mesmo lugar tapando o sol com a peneira e ao invés de buscar uma solução para o seu problema através de ajuda de um profissional qualificado, você se entope de analgésicos ou outros remédios para controlar sua insônia, come até não poder mais ou para de comer, se o seu caso é anorexia nervosa – seca e vira um palito em dias. Acaba de forma inconsciente se machucando, se queimando, se quebrando, ficando sempre com a imunidade baixa e pegando sempre algum tipo de virose da moda e as gripes.
Existe também as pessoas que se fazem mal conscientemente. Elas são os automultiladoras, que não passam por nenhum tipo de acidente – elas mesmas criam situações para se machucar, se cortam, se mordem, se beliscam, arrancam seus cabelos, enfiam suas unhas em algum parte do corpo e se queimam. Isso é muito complexo, mas é importante que a família e os amigos fiquem atentos aos sinais. Muitas pessoas bebem muito até chegar a entrar em coma alcoólico, se dopam com remédios, usam drogas ilícitas, se agridem em áreas que ficam escondidas pelas roupas e muitas vezes seguem suas vidas como se nada estivesse fora do lugar, mas é claro que todos os exemplos citados estão compreendidos no grupo de pessoas altamente deprimidas que precisam de auxílio.
Se este é o seu caso, desperte para si mesmo (a), você não precisa ficar assim para baixo! É hora de cuidar de você, de agir para você. De não alimentar essa visão obscura da vida, de insatisfação, angústia e tristeza que o processo depressivo cria e partir para a ação em busca de uma vida melhor porque, acredite: Existe uma maneira de viver melhor do que a que você está passando. É importante entender que toda pessoa deprimida não enxerga além da situação em que se encontra, acha que não tem uma solução para o que ela passa e não consegue enxergar uma saída para o seu problema. Mas é importante criar novos sonhos, pensar no que ela quer ainda alcançar na vida e a partir daí, trilhar um caminho rumo a essas novas conquistas.
Muitas vezes, não ter vivenciado as perdas nas primeiras etapas da vida faz com que as pessoas sofram muito ao chegar na adolescência e na vida adulta quando se deparam com as suas primeiras frustrações. Em muitos casos, a superproteção vinda de algum membro da família faz com que a pessoa fique enclausurada para a vida e não consiga criar anticorpos para batalhar pelo que ela quer e até mesmo saber o que ela quer, até porque pode acontecer da pessoa não saber o que é ser sujeito de sua própria vida.
Descobrir que a vida é ganhar e perder é um desafio constante, que nem sempre podemos ter a oportunidade de conquistar o que queremos é muito importante para toda pessoa amadurecer como ser de sua própria existência. Também não se pode esquecer de aprender que o importante é manter a vontade de persistir e batalhar para conquistar seus sonhos sempre porque é esse o pulsar da vida.
Quando paramos de ter esse pulsar, paramos de ter vontade de viver e deprimir é muitas vezes nos envelopar dentro de nós, não aceitar o que é de fora, como a vida realmente é. A pessoa vira um ser excluído e excludente, que não aceita nada, que não quer nada do jeito que é, tudo fica cinza, tudo fica sem gosto, tudo perde a graça, o encanto, tudo equivale a nada. Aí, exatamente neste momento, para piorar a situação vem junto uma crise existencial porque nada é fácil mesmo – o outro se aproxima e quer tomar conta do espaço que é o seu corpo e sua mente – e quer impor regras a você porque você não toma posse de sua vida e de suas decisões. Isso pode ser fatal para você, sabia? Não aceite! Diga não ao que você não quer ser e fazer, se assuma como sujeito de sua própria vida, faça as suas escolhas e seja você mesmo (a) sempre! Pague o preço de ser você sempre, mas pague! Vale muito mais a pena do que sofrer por se apagar em sua própria vida.
E quantas pessoas ainda vão passar por essa doença – a depressão que assola, devasta multidões afoitas por tantas conquistas e vão descobrir que não são tão boas em muitas coisas… Mas isso tudo faz parte do aprendizado de cada ser humano, cada um de nós aprende a ser melhor a cada dia em algo, é nisso que temos que acreditar. Faz parte de nossa caminhada. As pesquisas afirmam que 37% da geração Z já buscou fazer terapia e 17% já usou antidepressivo, isso já me demonstra que a nova geração está muito interessada em buscar o autoconhecimento e a cura de seus males, enquanto ainda tem gerações anteriores que ainda persistem nos mesmos erros e acham que vão resolver seus problemas de outras maneiras, geralmente maneiras inadequadas e que não trazem a cura da depressão.
Mas o que é mais importante é que não podemos deixar de nos observar e ter em mente que nossa mente pode adoecer, assim como nosso corpo adoece e isso é óbvio. Então, vamos cuidar dela muito bem, vamos viver ao lado de pessoas que nos querem bem de verdade – não por interesse, pessoas que nos fazem bem. Vamos também cultivar boas relações com nossos familiares, com nossos colegas de estudo, de trabalho – essas trocas são muito necessárias para ter uma vida saudável e sorrisos e abraços podem fazer toda a diferença para uma pessoa que pode estar passando por uma depressão que nem sempre sabemos a intensidade.
Artigo publicado na Catho:
https://www.catho.com.br/carreira-sucesso/bruna-rafaele/o-que-sao-comportamentos-depressivos/
Glênio
maio 10, 2018 @ 11:17 pm
Parabéns pelo artigo!
Bruna Rafaele
junho 11, 2018 @ 12:53 pm
Muito obrigada!