Um vírus chegou e o que ele trouxe para quem está de quarentena?
Novo vírus traz questionamento de comportamentos na quarentena
Será mesmo que o mundo parou para entrar em quarentena ou foi só o seu mundo? Será que você já se deu conta da quantidade de pessoas que não estão fazendo a quarentena?
Será que estar de quarentena não é um privilégio? Vou falar do privilégio de quem está permitido e se permitindo estar em quarentena.
Isolados em casa, sozinhos ou acompanhados, cada um dos privilegiados têm que se deparar com suas próprias máscaras, suas próprias verdades, o que fica por baixo de todo o maquinário que agita sua própria vida no seu ritmo anterior à pandemia.
O trabalho em excesso, as atividades em excesso, o chegar em casa só para dormir. A agonia que dá ter que ficar parado para este tipo de pessoa não se trata apenas de desacelerar, é uma amostra do quanto se esconde por trás de tanto fazer.
“Ah! Mas existem relacionamentos sendo desfeitos!”
Não se trata do momento da quarentena que está terminando relações, o isolamento já estava entre duas pessoas faz tempo e com isso, o luto do relacionamento já estava acontecendo.
Só que estava para debaixo do tapete e por uma questão de necessidade mundial, foi trazido à tona seu problema na relação – o fim, duro de encarar, mas que já estava aí antes de vocês ficarem confinados e tendo que ficar por mais tempo no mesmo lugar e todas as angústias que isso gera.
Outras pessoas neste mesmo período, estão aprendendo a dar maior valor a quem tem ao seu lado, ao que construíram até o momento e a partir desse ponto no tempo, estão colocando mais suas fichas na aposta de que vão sair mais unidos do que nunca, com mais planos para concretizarem juntos.
O VÍRUS E A RELAÇÃO COM A FAMÍLIA
Os pais estão de frente com seus filhos que, entregam para as escolas sem educá-los e descobrir o quanto a educação de seus filhos é função tanto de pai quanto de mãe não é nada tão sustentável assim.
Já que somos duas gerações se deparando com o comodismo que a sociedade criou e nós aceitamos por conveniência – estamos cada vez gerando crianças e adolescentes com lacunas de educação, que incluem o desrespeito a regras básicas de boa convivência, isto porque os pais não querem aceitar sua posição de atuar impondo limites.
Ainda sobre os filhos, imagina para os professores e toda a equipe escolar que suporta e contêm este problema tão sério de lacuna sobre boa convivência: crianças e jovens que não respeitam as regras e pais que autorizam o comportamento de seus filhos, isto porque é muito mais prático culpar a escola do que ter o trabalho de educar, mas não se pode esquecer que educar pode ser um ato de amor.
Assim, se deparar com uma realidade que você está construindo e perceber que ela não é tão satisfatória pode ser muito ruim, pior do que o medo de morrer por causa do vírus, pior do que não ter como sobreviver por falta de dinheiro.